A VONTADE HUMANA: ENTRE RAZÃO, DESEJO E LIBERDADE
Palavras-chave:
Desejo, Vontade, Liberdade, Razão, Agostinho de HiponaResumo
O artigo propõe uma síntese do debate sobre a vontade ao longo da história da filosofia, destacando sua centralidade na articulação entre razão, desejo e liberdade. Desde Aristóteles, passando pelos estoicos, Paulo e culminando em Agostinho, a vontade é pensada ora como deliberação racional, ora como autodeterminação, ora como conflito interno entre o querer e o fazer. Em Agostinho, ganha um estatuto ontológico e psicológico decisivo, tornando-se o núcleo do drama humano, marcado pela tensão entre desejo espiritual e carnal dentro de uma única alma. Hannah Arendt, por sua vez, atualiza essa problemática no campo da ação política, concebendo a vontade como capacidade de iniciar algo novo no tempo. Ao longo do percurso, a vontade se revela não como simples faculdade, mas como o lugar onde se decide a liberdade e a própria condição humana.
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