UMA ANÁLISE SOBRE O CONCEITO DE LIBERDADE NA PERSPECTVA DE AGOSTINHO DE HIPONA
Palavras-chave:
Agostinho, Livre-arbítrio, Vontade livre, Ética. DeusResumo
O objetivo deste trabalho consiste em analisar o conceito de liberdade, segundo a perspectiva de Agostinho de Hipona. De fato, a questão da liberdade é um assunto relevante de se pensar em diferentes circunstâncias e contextos. A fim de delimitar o enfoque desta análise, propusemo-nos pesquisar sobre o problema da liberdade situado no evento histórico da filosofia patrística e medieval. E, assim, podermos observar com mais clareza, os desdobramentos e implicações ético-morais, que dizem respeito aos fundamentos e princípios da liberdade, em detrimento da convicção teológica da época, pela qual Deus é imprescindivelmente, concebido como única fonte de ser e agir do gênero humano, em todas as dimensões antropológicas. Agostinho é o filósofo, que a princípio, articula no âmbito teocêntrico, a noção de vontade livre, por meio do livre-arbítrio, cuja possibilidade de viver a autêntica liberdade perpassa pelo horizonte da Graça Divina. Conforme o hiponense, sem este auxílio divino, a humanidade está fadada à escravidão de suas respectivas paixões e vícios. Logo, a humanidade é dotada de livre-arbítrio. Por sua vez, a ética agostiniana almeja ressignificar os princípios evangélicos, e resgatar o sentido da liberdade e vida feliz. Esta ética segue os parâmetros de um amor ágape, que seja incondicional a Deus e ao próximo. Apesar de fazer parte de um processo de conversão interior, Agostinho nos convida a assumir esta postura ética, a partir de uma vontade decidida e responsável, de modo a introduzir-se na graça de Deus, para enfim, obter a verdadeira felicidade no mundo vigente rumo à beatitude eterna.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Contemplação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.