A INTERTEXTUALIDADE DO SHEMÁ E SEU IDEAL SOCIORRELIGIOSO DE COMUNHÃO FRATERNA EM At 4,32
Palavras-chave:
Shema, Atos dos Apóstolos, Comunhão fraterna, Partilha dos bens, IntertextualidadeResumo
Este artigo surge da hipótese de que a manifestação das primeiras comunidades cristãs descritas nos Atos dos Apóstolos e, de seu peculiar modo de ser e viver, não se deu de forma exclusivamente inovadora e incomum, mas seria fruto de influências, de “apropriações” e/ou “adaptações”. O versículo “A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma... mas tudo entre eles era comum” (At 4,32), que testemunha a práxis das primeiras comunidades de Jerusalém, vai além da reunião entre pessoas afins. Lucas, para descrevê-las, acessa o memorial deuteronômico do povo de Israel sintetizado e idealizado no shemá: um só povo fraterno que ouviu a YHWH e, portanto, crê e O ama de todo coração, alma e força (cf. Dt 6,4-5). O autor sagrado indica seu desejo de transmitir que a Igreja na sua gênese, formada de judeus e depois por pagãos, tem suas raízes na experiência sociorreligiosa do povo escolhido.
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