A EUCARISTIA E A PESSOA COMO GUARDIÃO NA LAUDATO SI: PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES TEOLÓGICAS E FILOSÓFICAS DIANTE DO SÍNODO DA AMAZÔNIA

Resumo

Este artigo parte da encíclica Laudato Si do Papa Francisco no tocante à Eucaristia (cf. n. 236-237). Procura-se analisar a elevação da criação na eucaristia como fonte motivadora ao cuidado do meio ambiente. Há várias discussões teológicas sobre a forma de abordar o sacramento da eucaristia. Assim, destaca-se, num primeiro momento, o pensamento de Marsili que articula a reflexão da memória como presentificação. Segundo, a visão de Giraudo e de Taborda numa perspectiva mistagógica. Desse modo, na análise destes autores, percebe-se que a maneira o Papa Francisco apresentar a eucaristia vai, especificamente pelo viés mistagógico. Além do mais, num terceiro momento, realça-se uma reflexão filosófica a partir da expressão proposta pelo Papa Francisco de que o ser humano é guardião do mundo. Para tanto, a filosofia de Montaigne pode muito colaborar nesta visão de que cabe à pessoa conhecer o mundo e a si mesmo. Depois, na conclusão, ilustram-se algumas passagens da literatura joanina acerca da vida e do amor. Esta reflexão teológica-filosófica pode proporcionar diversos caminhos para compreensão do Sínodo da Amazônia como fruto de amadurecimento da Laudato Si.

Palavras-chave: Eucaristia. Reapresentação. Mistagogia. Guardião. Suspensão do juízo.