ÉTICA DO CUIDADO PARA UMA EDUCAÇÃO HUMANIZADORA E EMANCIPATÓRIA

Resumo

Este artigo, em forma de ensaio crítico, discute a influência da cibercultura neoliberal no ambiente educacional e os desafios que ela impõe à implementação da ética do cuidado nas práticas pedagógicas. A cultura digital, marcada por valores como individualismo, competitividade e tecnicização, contribui para a despersonalização das relações e a mercantilização da educação. Contrapondo-se a esse cenário, a ética do cuidado, fundamentada em princípios de humanização, diálogo e solidariedade, é defendida como um imperativo categórico para a construção de uma educação humanizadora e emancipatória. A análise se baseia nas contribuições de Paulo Freire e Maria Amélia Santoro Franco, destacando a importância de estratégias pedagógicas que promovam o desenvolvimento integral dos estudantes, o reconhecimento da alteridade e a responsabilidade coletiva. O artigo propõe práticas pedagógicas que enfatizam o diálogo, a conscientização crítica e a solidariedade, apontando a necessidade de formação continuada dos educadores para enfrentar as pressões do neoliberalismo tecnicista e preservar a dimensão humana na educação.