Revista Contemplação
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pt-BRRevista Contemplação2179-8079EDITORIAL
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<p>É com grande felicidade que a Revista Contemplação – Revista Acadêmica de Filosofia e Teologia da Faculdade João Paulo II vem a público anunciar mais um número. <br>Em sua 35ª edição de temática livre compreende 7 artigos, contribuindo às mais variadas investigações no âmbito acadêmico em seu viés filosófico, teológico e ciências da religião.<br>Seguindo a qualidade dos números anteriores, contamos, novamente, com trabalhos de excelência elaborados por Professores Doutores, Mestres e estudantes de PósGraduação e Graduação, de diversas universidades brasileiras, reconhecidas nacional <br>e internacionalmente, à composição desta nova edição. <br>Os artigos aqui apresentados foram aprovados pela criteriosa Comissão Científica e por pareceristas ad hoc, de várias subáreas: Filosofia, Teologia e Ciências da Religião. A diversidade de artigos da presente edição é um reflexo do potencial e realizações da Revista Contemplação na comunidade de estudos em Filosofia, Teologia e Ciências da Religião, evidenciado pelo crescente número de artigos recebidos para avaliação e publicados nas últimas edições. <br>É no bojo da diversidade e profusão de ideias e reflexões que compõem mais uma edição da Revista Contemplação, que desejamos a todos uma boa leitura!</p>Nelson Maria Brechó da Silva
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2025-01-142025-01-1435ANÁLISE LEXICOGRÁFICA DO TERMO יד ִר ָׂש) ŚĀRÎD) E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O TEMA DO REMANESCENTE
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<p>Na Bíblia Hebraica (BH), o conceito de remanescente é um tema recorrente, expresso por diversos termos. Este artigo busca analisar lexicograficamente o termo יד ִר ָׂש) śārîd), investigando seu significado nas passagens em que ocorre na BH. A análise abrange a tradução e o uso do vocábulo em diferentes seções bíblicas, correlacionando suas aparições e explorando possíveis implicações teológicas. A palavra, predominantemente um substantivo, aparece nas quatro grandes seções da BH (Pentateuco, Livros <br>Históricos, Poéticos e Proféticos), sendo usada tanto para descrever sobreviventes quanto para reforçar a ideia de destruição total, especialmente no contexto de guerras e julgamentos divinos. A maior carga teológica fica pelo entendimento que Deus é quem faz sobrar ou não, depende dele a vida. Deus é o personagem central na história e na formação de um remanescente, e o fato dele fazer restar implica sua graça atuando em favor do ser humano.</p>Vamberto Marinho de Arruda Junior
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2025-01-142025-01-1435O CONCEITO DE LIBERDADE E GRAÇA DIVINA À LUZ DE AGOSTINHO DE HIPONA
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<p>Este artigo objetiva refletir o conceito de liberdade e graça divina à luz de Agostinho de Hipona. A questão da liberdade humana, movida por uma vontade intrínseca original, tornou-se uma das grandes revelações históricas e, se não, umas das principais contribuições de análise e aprofundamento teórico no contexto ocidental, em detrimento ao reducionismo humano da cultura <br>grega. Com efeito, o apologista buscou entender o caráter antropológico do livre arbítrio numa perspectiva teológico-filosófica, cuja capacidade de tomadas de decisões na vida resulta de uma escolha proveniente da razão, mas, sobretudo, da vontade. Logo, o conhecimento da realidade que nos circundam captado pelos sentidos e habilidades cognoscitivos, não são fatores determinantes para a compreensão da complexidade do fenômeno existencial, pois, na medida em que a razão conhece, a vontade é que definitivamente escolhe. Dito isso, segundo o ponto de vista do hiponense, a vontade humana está revestida de carência devido sua natural ter sido marcada e debilitada pelo mal moral ou pecado de origem. Dessa forma, o conceito da graça divina é um fenômeno que se apresenta como auxílio necessário e suficiente para a reintegração da liberdade e vontade livre no gênero humano.</p>Erike Santos Aristides
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2025-01-142025-01-1435O MINISTÉRIO PRESBITERAL À LUZ DE UMA ECLESIOLOGIA SINODAL
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<p>O presente artigo aborda a questão do ministério presbiteral na tradição católica sob a perspectiva da sinodalidade, enfatizando a necessidade de um retorno aos princípios do Concílio Vaticano II e levando em consideração a noção de uma Igreja sinodal. Através de uma análise histórica, o texto destaca como o ministério presbiteral se transformou ao longo dos séculos, passando por uma sacerdotalização. O estudo propõe uma cristologia da encarnação como base para uma teologia ministerial mais próxima da realidade e das necessidades humanas, promovendo uma Igreja mais inclusiva e participativa. Ademais, são discutidas as implicações práticas na formação dos futuros presbíteros, sugerindo um modelo de liderança mais colaborativo e comunitário, alinhado aos princípios <br>da sinodalidade. O artigo conclui que a verdadeira renovação do ministério presbiteral depende de uma reestruturação profunda da formação dos candidatos, visando superar o clericalismo e fortalecer a comunhão eclesial, em busca de uma Igreja que realmente caminhe como Povo de Deus.</p>Rodrigo Antonio da Silva
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2025-01-142025-01-1435A BANALIDADE DO MAL NA CONTEMPORANEIDADE
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<p>O presente trabalho pretende analisar o conceito de Banalidade do Mal, a partir da obra Eichmann em Jerusalém – um relato sobre a Banalidade do Mal, da filósofa Hannah Arendt. O conceito foi tecido a partir da cobertura feita por Arendt no julgamento de Eichmann na Corte Distrital de Jerusalém em 1961, para a Revista The New Yorker. <br>Na compreensão de Arendt, Eichmann era um mero burocrata, um cumpridor de regras, um homem sem consciência, incapaz de pensar a partir do ponto de vista do outro; um bom pai de família, um trabalhador exímio e perfeito cumpridor das leis. Seria possível <br>que um homem comum, com todas essas qualidades, fosse o responsável pela eliminação de milhares de judeus enviados pelos trens da morte aos campos de extermínio, acusado de crimes contra o povo judeu, crimes de guerra e crimes contra a humanidade? A intenção de Arendt ao elaborar tais questões não foi de eximir Eichmann de sua responsabilidade, mas de compreender em que medida, às sombras do Regime Totalitário, a consciência pode ser cooptada. Esse tipo banal de mal repousa na ausência do <br>pensamento e na impossibilidade do indivíduo de reconhecer sua responsabilidade perante o outro. Diante disso, o trabalho em sua conclusão busca interligar o conceito ‘banalidade do mal’ com os fatos contemporâneos e que implica o caráter de Eichmann e <br>os crimes que representam.</p>Victor Hugo Capelli Sanches
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2025-01-142025-01-1435SOBRE A NECESSIDADE DE UMA SÉRIA E VITAL FORMAÇÃO LITÚRGICA NUMA LEITURA DA CARTA APOSTÓLICA DESIDERIO DESIDERAVI
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<p>O individualismo moderno que se caracteriza por um conjunto de ideias e valores que colocam o indivíduo no centro das atenções, e o subjetivismo onde cada um tem a sua própria verdade, agravou a pesada herança de épocas anteriores, com um espiritualismo abstrato que contradiz a própria natureza do homem, não sendo capaz de compreender e perceber a ação simbólica na Liturgia. Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. É desejo ardente na mãe Igreja que todos os fiéis cheguem à plena consciência e uma participação ativa nas celebrações litúrgicas, onde a própria natureza da Liturgia exige, por força do Batismo, um direito e um dever do povo cristão. Nós somos raça escolhida, nação santa, povo de Deus. Se faz necessário encontrar canais para um estudo da liturgia. Desde o início do movimento litúrgico aconteceram preciosas contribuições através de <br>estudiosos e instituições acadêmicas. Contudo, é importante difundir este conhecimento para além do ambiente acadêmico, de forma acessível, para que cada fiel cresça no conhecimento do sentido teológico da Liturgia. Esta é a questão decisiva que fundamenta todo tipo de entendimento e toda prática litúrgica. <br>A formação é vital e nos garante uma boa celebração da Eucaristia, mas também nós nos formamos para melhor celebrar, e a cada celebração, somos formados por ela. A liturgia forma-nos em tudo, molda nosso ser e sobre tudo nos conforma ao Cristo vivo e ressuscitado no meio da sua Igreja .</p>Gislane Reis Ribeiro Toledo
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2025-01-142025-01-1435IMPLICAÇÕES SOTERIOLÓGICAS DOS ATOS SALVÍFICOS DE DEUS NO LIVRO DO ÊXODO E NO NOVO TESTAMENTO
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<p>Este artigo propõe uma correlação estrutural entre a salvação no Êxodo e a salvação no Novo Testamento afim de elucidar conceitos soteriológicos que tem sido alvo de controvérsias no meio teológico. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, como também, o método gramáticohistórico de interpretação. Ao final da pesquisa, observou-se que a justificação é obtida unicamente mediante a fé independentemente das obras, entretanto a justificação opera numa transferência de domínio, a obediência atestada pelas obras que emergem como fruto da santificação consiste no elemento condicional que viabiliza a permanência na esfera desse novo domínio.</p>Raimundo Nonato Gomes de Carvalho
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2025-01-142025-01-1435O CAMINHO DE VOLTA: O DESAFIO DO ARREPENDIMENTO E DA CONVERSÃO NO SALMO 85 E EM LUCAS 5,27-32
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<p>O afastamento do ser humano de Deus, provocado pela desobediência e rebeldia, é um tema central tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. No Antigo Testamento, o povo de Israel frequentemente quebra a aliança com Deus, resultando em exílio e crises espirituais. No entanto, a misericórdia divina é evidenciada pelo chamado ao arrependimento, representado pelo termo hebraico <br>shuv (שׁוּב(, que simboliza o retorno a Deus e a restauração da relação rompida. No Novo Testamento, Jesus aprofunda essa dinâmica ao convocar à conversão, usando o termo grego metanoeō (μετανοέω), que denota uma mudança radical de mente e coração. A graça divina, expressa através de Cristo, possibilita a reconciliação, estendendo-se a toda a humanidade. Este estudo explora os conceitos de<br>arrependimento e conversão a partir dos textos bíblicos de Salmo 85 e Lucas 5,27-32. Ele analisa como a restauração espiritual envolve não apenas mudanças comportamentais, mas também uma transformação interior profunda. A investigação ressalta a importância da misericórdia divina no processo de restauração pessoal e escatológica, fundamentando-se nos termos hebraicos e gregos usados nas Escrituras.</p>Gilvan Leite de AraujoJonas de Souza Netto
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2025-01-142025-01-1435