CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CRÍTICA DE HANS JONAS À INATUALIDADE ÉTICA KANTIANA

Autores

  • Micael Rosa Silva

Resumo

O filósofo Hans Jonas esclarece no prólogo de sua obra Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica (1979), o motivo de ter escrito essa obra em sua língua materna, o alemão, depois de décadas escrevendo em inglês: devido à urgência do objeto de reflexão a que ela se propõe; uma vez que escrever na língua aprendida demandaria muito mais tempo. O objeto tão urgente desse livro não é outro senão a elaboração de um Tractatus technologico-ethicus. Hans Jonas, atenta para a inatualidade da ética tradicional em meio aos desafios dos avanços científico-tecnológicos e sua deficiência em responsabilizar-se, entre outras coisas, pelo o meio, pelos seres não-humanos e pelas gerações futuras. Essa crítica dirige-se especialmente à ética kantiana, concebida então como uma ética que desvaloriza o conhecimento científico, antropocêntrica, puramente formal e limitada no tempo e no espaço. Pensando nisso, este trabalho vai apresentar algumas destas críticas à filosofia moral de Kant, contudo, investigará, na própria obra do filósofo de Königsberg, elementos que sirvam de réplica às acusações de Hans Jonas e, por consequência, estimule-nos à reflexão a respeito de uma ética ecológica.

Downloads

Publicado

06/03/2022

Como Citar

Rosa Silva, M. (2022). CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CRÍTICA DE HANS JONAS À INATUALIDADE ÉTICA KANTIANA. Revista Contemplação, (26). Recuperado de https://revista.fajopa.com/index.php/contemplacao/article/view/307

Edição

Seção

Artigos