PLATÃO NÃO SOUBE AMAR: COMEÇO E NATUREZA DO ATEÍSMO FILOSÓFICO

Autores

  • Harley Juliano Mantovani

Resumo

Neste texto, procuramos demonstrar que a afirmação de que “o Amor é filósofo” começa e define o ateísmo filosófico em Platão, porque, conforme argumentamos, o Amor não pode ser pensado de modo metafísico. Exploramos esse limite interior à metafísica, quando ela se mostrou idolatria conceitual, e chegamos à liberdade teológica do Amor. Descobrimos que entre a metafísica do Ser e a teologia do Amor há um abismo chamado Jesus Cristo, que representa um nascimento antropológico que ultrapassa a metafísica. Contra esta antropologia, demonstramos também como a antropologia de Platão precisava da impiedade da atividade idealista do pensamento. Neste quadro, analisamos como surge a correspondência entre uma antropologia dos ídolos e uma teologia sem deus. Mas, concluímos que uma teologia sem deus não é mais teologia, ela é acima de tudo filosofia, e esta é a ciência do divino. E assim Platão desfaz a teologia como obstáculo para que a filosofia retorne para casa.

 

Palavras-chave: Platão. Divino. Deus. Amor. Antropologia.

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Publicado

26/07/2021

Como Citar

Mantovani, H. J. (2021). PLATÃO NÃO SOUBE AMAR: COMEÇO E NATUREZA DO ATEÍSMO FILOSÓFICO. Revista Contemplação, (24). Recuperado de https://revista.fajopa.com/index.php/contemplacao/article/view/275

Edição

Seção

Artigos