A RELIGIOSIDADE/ESPIRITUALIDADE COMO UM POSSÍVEL FATOR DE AJUDA À PREVENÇÃO DA PRÁTICA SUICIDA
Resumo
Vemos que a relação entre religiosidade/espiritualidade e o processo saúde-doença se faz de longa data, pois encontramos relatos de deuses que promoveriam o aparecimento de doenças, assim como no período medieval as licenças para a prática da medicina eram autorizadas pelas autoridades religiosas. O objetivo deste artigo é esclarecer que espiritualidade tem a ver com experiência, que a vivência da religiosidade nasceu da espiritualidade, mas não são a espiritualidade, pois a ela é percebida como busca pessoal por questões fundamentais sobre a vida, sobre o significado, sobre a relação com o sagrado ou transcendência. Desenvolvemos nossa análise em estudos acerca de religiosidade/espiritualidade e sua associação positiva como um fator de proteção ao suicídio por causa de seu suporte social, por alimentar pensamentos e estilo de vida positivos e por inferir uma objeção moral clara contra o suicídio. Por fim, a religiosidade gera emoções positivas como perdão, gratidão, solidariedade e emoções positivas relacionadas com melhor saúde mental. Diante de tamanha complexidade mais animada pela necessidade e importância do tema a OMS, por meio do Grupo de Qualidade de Vida, incluiu o domínio e religiosidade, espiritualidade e crenças pessoais no seu instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida. Conclui-se que pesquisas realizadas sobre suicídio indicaram que pessoas religiosamente orientadas tem baixo índice de suicídio devido a coesão social que a religião implica, aos pensamentos positivos que ela gera e nutre e devido á sua recusa tácita e declarada de tal prática que contraria o ensinamento de todas as religiões.