O CONCEITO JUNGUIANO DA TOTALIDADE COMO ANÁLISE SIMBÓLICA DA PROPOSIÇÃO TRINITÁRIA “CRISTO HOMEM-DEUS”

Autores

  • Dilson Brito da Rocha
  • Katia Simone Villanova

Resumo

Com este artigo pretendemos mostrar que a segunda Pessoa da Santíssima Trindade assumiu o humano, o que é um ato kenótico, de onde se pode presumir que Deus se rebaixa até os homens, anulando-se naquilo que Ele tem de “inacessibilidade”, dado sua imensidão. O mistério é grandíssimo e imensurável, o que nos impede de tocá-lo em sua completude. Disso inquirir-se-á acerca dos pares de opostos em Jesus Cristo, ou se quisermos, a presença de pólos em sua Pessoa, que é divina. Este argumento é posto pela Doutrina da Trindade como sendo “União das Naturezas Humana e Divina, numa só Hipóstase”. Jesus Cristo gradativamente, na maturação de vida, o que queremos entender como sendo processo de individuação, se dá conta de sua “divindade-totalidade”, ou se preferirmos, daquele patamar numinoso. Paulatinamente toma consciência messiânica. “E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2, 40). Jung denomina o resultado da união dos opostos de função transcendente. Isso impõe uma indagação imprescindível, a saber: é possível comparar tal função com alguns “eventos cristológicos”, como a “Transfiguração do Senhor” (Cf. Mc 9,12-8), bem como com alguns títulos messiânicos, por exemplo, o  Filho de Deus (Cf. Jo 3,18)? Cristo é um parâmetro de individuação, ainda mais quando pensamos na relevância da religiosidade neste itinerário de maturação pessoal, pois ele, como é tido pela Teologia Cristã, é mediador, “ponte”, que liga o ser humano ao divino.

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Publicado

26/07/2016

Como Citar

Brito da Rocha, D., & Simone Villanova, K. (2016). O CONCEITO JUNGUIANO DA TOTALIDADE COMO ANÁLISE SIMBÓLICA DA PROPOSIÇÃO TRINITÁRIA “CRISTO HOMEM-DEUS”. Revista Contemplação, (13). Recuperado de https://revista.fajopa.com/index.php/contemplacao/article/view/113

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